Incêndio na Globo complicou gravações de novela exibida há 49 anos: Detalhes revelados

Uma análise detalhada mostra o impacto dessa história. o regime militar não permitia que o adultério feminino acontecesse e, assim, mudou a trama, recomendando que ela pedisse o divórcio, pois “não poderia se apaixonar ainda estando casada”, relembrou o jornalista. ” importante mencionar que como era uma novidade, a tv globo recebeu diversos telefonemas na época de telespectadores que não...
Saiba mais: Um dos clássicos da globo estreou há 46 anos e sofreu com a censura do período da ditadura militar e teve que mudar de local de gravações as pressas: o casarão. escrita por lauro césar muniz, a novela estreou em 7 de junho e inovou com uma linha do tempo única, apesar dos contratempos que aconteceram. A história completa está aqui.
Incêndio mudou tudo?
Importante mencionar que três dias antes da estreia, a novela sofreu com um incêndio que mudou os planos. em 4 de junho daquele ano, o fogo se alastrou por um pedaço do prédio da globo - antigamente localizado no jardim botânico correndo contra o tempo, o site memória globo relembra que o novo espaço de gravações foi montado na herbert richers, na usina, zona norte do rio de janeiro
De acordo com informações, outro ponto que atrapalhou a trama foi a censura. o autor foi impedido de aprofundar o triângulo amoroso formado por jarbas (paulo josé), estevão (armando bógus) e lina (renata sorrah). a personagem feminina iria romper com as tradições da sua família, romper um casamento e ficar com jarbas, com quem ela amava, como lembrou nilson xavier, do teledramaturgia.
O regime militar não permitia que o adultério feminino acontecesse e, assim, mudou a trama, recomendando que ela pedisse o divórcio, pois “não poderia se apaixonar ainda estando casada”, relembrou o jornalista.
Vale destacar que em entrevista a revista amiga, na edição publicada em 1976, o autor revelou que a trama dos anticoncepcionais foi vetada e outra parte política da novela também sofreu baixas devido à imposição do governo autoritário:
De acordo com informações, “não foi permitido mostrar que lina usava anticoncepcionais; (…) foram enfraquecidos os personagens de marcelo picchi (aldo), nilson condé (padre milton) e bete mendes vânia, jornalista): os comícios do candidato aldo não puderam ser levados ao ar e foi reduzida a participação do padre e da jornalista na campanha política".
Inovação
Por outro lado, nilson relembra que a trama era única: trazia linhas do tempo entrelaçadas, sem alertar que eram flashbacks. o autor contou no livro a seguir, cenas do próximo capítulo como fazia a ação: “eu peguei três momentos da história do brasil e os misturei. eu contrapunha os três períodos históricos sem qualquer aviso prévio. o telespectador nunca sabia quando a novela passaria de uma época para outra. (…) o personagem abria a porta do casarão em 1926 e saía do outro lado em 1976. o casarão centralizava toda a história, daí o título.”
Importante mencionar que como era uma novidade, a tv globo recebeu diversos telefonemas na época de telespectadores que não haviam entendido nada da trama. no início, acabou sendo rejeitada depois de um tempo, as narrativas foram se encontrando e o público abraçou a obra
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